Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Leituras Improváveis

um registo digital

Leituras Improváveis

um registo digital

The century of the self

Março 14, 2025

asdfasdfqwet563453475674578567876.jpg

The legacy of famed psychoanalyst Sigmund Freud informs the lives of people throughout the world even to this day, though it's a phenomenon to which most are unaware. The Century of the Self, written and produced by Adam Curtis, is an exhaustive examination of his theories on human desire, and how they're applied to platforms such as advertising, consumerism and politics. This four-hour odyssey is divided into four distinct segments.

Happiness Machines. The first episode concerns Edward Bernays, Freud's nephew and one of the most influential pioneers in public relations. Appealing to what his uncle believed were the aggressive and prurient forces hidden inside of all mankind, Bernays manipulated these inner desires to promote group thinking - first in drumming up the patriotic support of U.S. citizens during World War I and later in the realm of advertising.

The Engineering of Consent. Perhaps the darkest illustration of Freud's philosophy can be found in Nazi Germany during the Second World War. The film's second segment recounts the efforts of Bernays and Freud's daughter Anna, who collaborated alongside the American government to devise methods for suppressing the barbaric potential of the human mind. It was only through these activities, the government believed, that a harmonious democracy would be possible.

There is a Policeman Inside All of Our Heads, He Must Be Destroyed. Segment three takes place during a vastly different period of American history: the 1960s. As dissenters of Freud began to come to prominence, so too did a younger generation who were determined to fully embrace and flaunt their inner desires. Following on their lead, corporations and their advertisers morphed their message from one of conformity to a celebration of the individual. In so doing, they showed that the tenants of Freud's theories could be successfully manipulated regardless of the temperature of the times.

Eight People Sipping Wine In Kettering. The final section takes us full throttle into the universe of politics. During the 1990s, in a desperate measure to regain the White House, the Democratic Party enlisted the assistance of Matthew Freud, a public relations expert and the great-grandson of Sigmund. With a determined reliance on focus groups, the party recalibrated their campaigns to fulfill the innermost desires of the American people. Shortly thereafter, Bill Clinton became the 42nd President of the United States.

Whether these tactics were employed for reasons of nobility or perversion is for viewers to decide. Regardless, The Century of the Self unlocks many essential human truths; chiefly, our vulnerability to influence and our need to be controlled.

https://topdocumentaryfilms.com/the-century-of-the-self/

 

A ouvir

Março 12, 2025

1535127131446caet.jpg

Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.


Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.


Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou ­ o que é muito pior ­ por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:


Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.

 

 

A esquerda não é woke, de Susan Neiman

Março 07, 2025

fasdfsusan.jpg

 

Entendida correctamente, a razão é uma exigência: para cada coisa que acontece, encontrar as razões pelas quais é assim e não de outra forma. A razão permite-nos ir além da experiência que nos é dada e permite-nos pensar: isto podia ter sido diferente, porque é que é assim? O real é-nos dado, mas é preciso a razão para conceber o possível. Sem essa capacidade, não poderíamos começar a perguntar porque algo está errado, ou imaginar o que poderia ser melhor. Os filósofos chamam a isto o princípio da razão suficiente. É tão fundamental que dificilmente nos imaginamos a funcionar sem isso, e é provável que a tomemos por garantida, mas a exigência de encontrar razões é a base da investigação científica e da justiça social. Muitas coisas contam como razões, mas outras não: O meu pai contou-me. Ouvi-o algures. É o que é. A criança segue o princípio da razão suficiente quando pergunta "Porque está a chover?" e continua a perguntar até que o adulto lhe dê uma resposta satisfatória... ou lhe diga para parar de fazer perguntas. Mas, a menos que ela própria seja pobre e indigente e assuma que a condição é natural, a criança também se questionará da primeira vez que vir um sem-abrigo. Porque está ele a dormir no passeio? Porque não tem uma casa? Os adultos que querem realmente dar uma resposta devem passar da explicação à acção.

A razão tem, de facto, o poder de mudar a realidade, mas vê-la como uma mera forma de poder é ignorar a diferença entre violência e persusão, e entre persuasão e manipulação. É a diferença entre dizer que deves fazer isto, porque sou maior do que tu e que deves fazer isto porque é (a) correcto (b) bom para a comunidade (c) no teu melhor interesse (d) escolher a sua própria forma de justificação. Esta é uma das primeiras  distinções que ensinamos aos nossos filhos. Enquanto crescemos, aprendemos que a maior parte das acções é empreendida por mais do que uma razão, mas a sobredeterminação não prejudica a distinção entre razão e força bruta. Aqueles que a ignoram devem submeter-se àquilo a que Améry chamou a cura da banalidade, uma terapia para ultrapassar o medo de reconhecer as verdades banais que enquadram as nossas vidas. Porque a distinção entre razão e violência está na base da distinção entre democracia e fascismo, e qualquer esperaça de resistir ao deslizamento para o fascismo depende de nos lembramos da diferença.

excerto de A esquerda não é woke, de Susan Neiman (Editorial Presença)

 

Balde do lixo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D

Signal

Join the Resistance: Subscribe to The Borowitz Report Today.

Ad Busters

CartoonMovement