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Leituras Improváveis

um registo digital

Leituras Improváveis

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When a Billion Chinese Jump, by Jonathan Watts

How China Will Save the World - or Destroy It

Abril 22, 2024

 

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As a young child, Jonathan Watts believed if everyone in China jumped at the same time, the earth would be shaken off its axis, annihilating mankind. Now, more than thirty years later, as a correspondent for The Guardian in Beijing, he has discovered it is not only foolish little boys who dread a planet-shaking leap by the world’s most populous nation.

When a Billion Chinese Jump is a road journey into the future of our species. Traveling from the mountains of Tibet to the deserts of Inner Mongolia via the Silk Road, tiger farms, cancer villages, weather-modifying bases, and eco-cities, Watts chronicles the environmental impact of economic growth with a series of gripping stories from the country on the front line of global development. He talks to nomads and philosophers, entrepreneurs and scientists, rural farmers and urban consumers, examining how individuals are trying to adapt to one of the most spectacular bursts of change in human history, then poses a question that will affect all of our lives: Can China find a new way forward or is this giant nation doomed to magnify the mistakes that have already taken humanity to the brink of disaster?

 

In the nineteenth century, Britain thought the world how to produce. In the twentieth, the US thought us how to consume. If China is to lead the world in the twenty-first century, it must teach us how to sustain.

excerpt from When a Billion Chinese Jump - How China Will Save the World - or Destroy It, by Jonathan Watts (edição portuguesa)

 

Máquina fantástica

Abril 19, 2024

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Era uma vez uma espécie que engendrou uma forma de guardar imagens da realidade onde vivia, transformando a forma como comunicava e se percepcionava e, por arrasto, transformando-se a si própria. Possuindo hoje milhões de dispositivos capazes de fazer esse registo, os seus elementos vivem obcecados por tal mister, desconhecendo ainda na totalidade as implicações para a sua vida e convivência em comunidade.

O visionamento do filme/documentário trará momentos de História, humor, mas também de reflexão. Ficou prometida uma sequela, envolvendo redes sociais e "inteligência" artificial. Trailer

 

A sociedade precisa dos medíocres

Abril 18, 2024

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A sociedade necessita de medíocres que não ponham em questão os princípios fundamentais e eles aí estão: dirigem os países, as grandes empresas, os ministérios, etc.

Eu oiço-os falar e pasmo não haver praticamente um único líder que não seja pateta, um único discurso que não seja um rol de lugares comuns. Mas os que giram em torno deles não são melhores.

Desconhecemos até os nossos grandes homens: quem leu Camões por exemplo? Quase ninguém. Quem sabe alguma coisa sobre Afonso de Albuquerque? Mas todos os dias há paleios cretinos acerca de futebol em quase todos os canais. Porque não é perigoso. Porque tranquiliza.

Os programas de televisão são quase sempre miseráveis mas é vital que sejam miseráveis. E queremos que as nossas crianças se tornem adultos miseráveis também, o que para as pessoas em geral significa responsáveis.

Reparem, por exemplo, em Churchill. Quando tudo estava normal, pacífico, calmo, não o queriam como governante. Nas situações extremas, quando era necessário um homem corajoso, lúcido, clarividente, imaginativo, iam a correr buscá-lo. Os homens excepcionais servem apenas para situações excepcionais, pois são os únicos capazes de as resolverem. Desaparece a situação excepcional e prescindimos deles.

Gostamos dos idiotas porque não nos colocam em causa, não nos fazem fazer questões. Quanto às pessoas de alto nível a sociedade descobriu uma forma espantosa de as neutralizar: adoptou-as. Fez de Garrett e Camilo viscondes, como a Inglaterra adoptou Dickens. E pronto, ei-los na ordem, com alguns desvios que a gente perdoa porque são assim meio esquisitos, sabes como ele é, coitado, mas, apesar disso, tem qualidades.

Temos medo do novo, do diferente, do que incomoda o sossego. A criatividade foi sempre uma ameaça tremenda: e então entronizamos meios-artistas, meios-cientistas, meios-escritores. Claro que há aqueles malucos como Picasso ou Miró e necessitamos de os ter no Zoológico do nosso espírito embora entreguemos o nosso dinheiro a imbecis oportunistas a quem chamamos gestores.

E, claro, os gestores gastam mais do que gerem, com o seu português horrível e a sua habilidade de vendedores ambulantes: Porquê? Porque nos sossegam. Salazar sossegava. De Gaulle, goste-se dele ou não, inquietava. Eu faria um único teste aos políticos, aos administradores, a essa gentinha. Um teste ao seu sentido de humor. Apontem-me um que o tenha. Um só. Uma criatura sem humor é um ser horrível. Os judeus dizem: os homens falam, Deus ri. E, lendo o que as pessoas dizem, ri-se de certeza às gargalhadas. E daí não sei.

Voltando à pergunta de Dumas: – Porque é que há tantas crianças inteligentes e tantos adultos estúpidos? Não tenho a certeza de ser um problema de educação que mais não seja porque os educadores, coitados, não sabem distinguir entre ensino, aprendizagem e educação. A minha resposta a esta questão é outra. Há muitas crianças inteligentes e muitos adultos estúpidos, porque perdemos muitas crianças quando elas começaram a crescer. Por inveja, claro. Mas, sobretudo, por medo.

António Lobo Antunes

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