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Leituras Improváveis

um registo digital

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Bienvenue dans l'universe de la stupidité, de Serge Larivée

Junho 28, 2024

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La surprotection des étudiants, même à l'université

En 2001, le ministre de l'Éducation de l'époque, François Legault, avaît lié le financement des universités aux résultats de contrats de performance, ce qui devait se traduire par une augmentation du nombre de diplômés à tous les échelons du cursus universitaire. Résultat de l'initiative: hausse des notes et baisse des exigences. Les "victimes" privilégiées de cette tendance sont les départements de sciences humaines et sociales et les Facultés d'éducation (Gagnon, 2001). Faut-il rappeler que les candidats en éducation dans les universités québécoises doivent réussir un examen de français obligatoire pour être admis dans les Facultés d'éducation, dont le taux d'échec est de 70 %. Qu'à cela ne tienne, les candidats peuvent le reprendre autant de fois que nécessaire. Le phénomène n'est pas nouveau. Dès les années 1990, on constatait dans les universités canadiennes la pauvreté des textes des étudiants. Plusieurs universités ont alors proposé des ateliers d'aide à l'écriture en vue d'améliorer la qualité des travaux.

Mais ce n'est pas tout, le financement des universités est déterminé par le nombre d'étudiants inscrits. Évidemment, celles-ci ont du coup intérêt à accueillir le plus grand nombre d'étudiants possible, particulièrement dans les programmes non contingentés. Que la reprise d'un examen de reprise par un étudiant en échec soit dans certains cas justifiée, cela peut se comprendre. Toutefois, qu'une faculté d'éducation, mais située hors Québec, oblige ses professeurs à donner aux étudiants qui ont échoué un examen, un droit de reprise obligatoire est difficilement justifiable. Devant une telle obligation, quel professeur sain d'esprit osera mettre un étudiant en échec? Pourquoi, en effet, s'assigner du travail supplémentaire? Qu'il faille donner la "chance aux coureurs" j'en suis, mais tous ne peuvent pas gagner et le nivellement par le bas n'est pas une solution gagnante. Dit autrement, si tous peuvent avoir accès à l'université, cela ne signifie pas que tous doivent nécessairement être admis et en sortir avec un diplôme. La baisse des critères d'admission dans certains départements universitaires risque la présence d'étudiants qui ne devraient probablement pas y être.

Quoiqu'il en soit, une fois inscrit à un programme universitaire, la direction a un intérêt financier à les garder dans le système. C'est dans cette optique qu'elle a instauré le règne de "l'étudiant-client", ce que Malo dénonçait déjà en 2002. Puisque par définition un client paie, celui-ci a son mot à dire quant aux services qu'il reçoit. Les professeurs sont alors confrontés à des "clients" et non à des personnes nécessairement soucieuses ou ayant le devoir d'acquérir des connaissances et des outils de réflexion. Par exemple, des étudiants se plaignent de la longueur des textes qu'ils ont à lire, lesquels, dans bien des cas, ne dépassent guère dix pages. Certains professeurs se soumettent alors à l'injonction en indiquant au "client" les paragraphes à lire. 

extrait de Bienvenue dans l'universe de la stupidité, de Serge Larivée (Éditions JFD)

Table des matières: ici

The swedish theory of love

Junho 26, 2024

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full movie here

Beautifully framed and enthusiastically edited, The Swedish Theory of Love discusses, criticises, and presents the idea of loneliness in Sweden through love, family, and communal values. The film talks about loneliness through unconventional topics such as artificial insemination, the elderly living alone, cases of people dying and only to be discovered years later, and a Swedish surgeon finding happiness in Ethiopia.

Sweden is well known for its welfare system. But while many other countries’ institutions of welfare state focuses on family units, Sweden’s welfare state focuses on the alliance between the state and autonomous individuals. This ideology is called Statist individualism. Coined by the historians Henrik Beggren and Lars Trägårdh, Statist individualism is the idea that a strong state and individual freedom are not mutually exclusive, and that with assistance from the welfare state, a person can freely choose to live their life the way they envision.

Part of the focus on the individual over the family unit comes from a manifesto written by a group of Social Democratic politicians in 1972: “The Family of The Future” (“Familjen i framtiden: en socialistisk familjepolitik”). The principle of the manifesto was simple: every individual is to be regarded as autonomous, and not as the appendage of a caretaker such as a husband, parent, or child. The idea is that no one should have to be forced to be in any relationships because of economic needs.

Now, after 40 years since its conception and implementation, Director Erik Gandini examines the problems that came out of this social system.  While modernity has brought Swedes more personal independence, Swedes lost the ability to connect with each other. The Swedish Theory of Love argues that this kind of independence is perhaps the root of all loneliness. Through the lenses of Director Erik Gandini, we see a somewhat melancholic and unusual side of Sweden.

Cinema Escapist writer Emily Hsiang sat down with Director Erik Gandini for an in-depth talk about The Swedish Theory of Love.

 

 

Ali está o Taras Shevchenko com um tiro na cabeça, de Ana França

Diário da Ucrânia

Junho 18, 2024

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Daria, de 75 anos, vai suspirando, parece prestes a chorar quando a ouvimos dizer, tão baixo que temos de pedir para repetir:

- Tenho pena dos russos.

- Pena porque vão perder? Pena porque vão sofrer?

- Não, pena porque vivem sob o jugo de ditadores há séculos. O avô de Olesja, pai de Daria, foi afastado do cargo de diretor da escola de Lypnyky, durante o domínio soviético, por se ter recusado a escrever uma carta pública a renegar o irmão, que se havia tornado padre meses antes, na clandestinidade. A mim diziam-me na escola: "Só se adora Estaline". Mas não vão ter a mesma sorte com esta geração. Esta geração viu o mundo, esta geração nasceu livre, é difícil abdicar da liberdade depois de a ter.

excerto de Ali está o Taras Shevchenko com um tiro na cabeça, de Ana França

A Indústria do Holocausto, de Norman G. Finkelstein

Junho 17, 2024

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Portanto, a invocação do Holocausto tornou-se uma artimanha para tornar ilegítimas todas as críticas aos judeus, como se só pudessem resultar de um ódio patológico.

 

Os meus pais perguntavam-se muitas vezes por que razão eu me indignava tanto com a falsificação e exploração do genocídio nazi. A resposta mais óbvia é que têm servido para justificar políticas criminosas do Estado israelita e o apoio americano a essas políticas. Também tenho um motivo pessoal. Dou importância à memória das perseguições à minha família. A actual campanha da indústria do Holocausto para extorquir dinheiro à Europa em nome das "vítimas necessitadas do Holocausto" reduziu o estatuto moral do seu martírio ao de um casino de Monte Carlo. No entanto e independentemente desta preocupação, continuo convencido de que é importante preservar a integridade do registo histórico e lutar por ela. Nas páginas finais deste livro afirmo que, ao estudar o holocausto nazi, poderemos aprender muito não apenas sobre "os alemães" ou os goyim*, mas sobre todos nós. Porém, penso que para isso, para verdadeiramente aprendermos algo com o holocausto nazi, há que reduzir a sua dimensão física e ampliar a sua dimensão moral. Aplicaram-se demasiados recursos públicos e privados na celebração da memória do genocídio nazi. A maior parte do que se fez não tem validade: não é um tributo ao sofrimento dos judeus, mas ao poder judaico. Já é altura de abrirmos os nossos corações aos restantes sofrimentos da humanidade. Esta foi a principal lição que recebi de minha mãe. Nunca a ouvi dizer: Não compares. Ela comparava sempre. Claro que há que fazer distinções históricas. Mas construir distinções morais entre os "nossos" sofrimentos e o "dos outros" é em si uma deformação da moral. "Não se pode comparar dois seres infelizes", dizia Platão, "e afirmar que um é mais feliz que o outro". Diante dos sofrimentos dos afro-americanos, dos vietnamitas e dos palestinianos, o credo da minha mãe foi sempre: "Todos nós somos vítimas do holocausto".

NORMAN FINKELSTEIN

Nova Iorque, Abril de 2000

* Os que não professam a fé hebraica (N. da T.).

excertos de A Indústria do Holocausto, de Norman G. Finkelstein (reeditado recentemente pela Antígona)

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