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Leituras Improváveis

um registo digital

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Novo Iluminismo Radical, de Marina Garcés

Julho 30, 2024

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E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação? Parecem palavras  gastas e ingénuas. Mas é este justamente o efeito desmobilizador que o poder  persegue hoje: ridicularizar a capacidade de nos auto-educarmos para construirmos, em conjunto, um mundo mais habitável e justo. Propõe-nos todo o tipo de gadgets para a salvação: tecnologia e discursos a la carte. Líderes e bandeiras. Siglas. Bombas. Embarcam-nos em projectos de inteligência delegada, nos quais poderemos ser tão estúpidos como os humanos demonstraram ser, porque o mundo e os seus dirigentes serão inteligentes por nós. Um mundo smart para habitantes irremediavelmente idiotas.

excerto de Novo Iluminismo Radical, de Marina Garcés (Orfeu Negro)

 

Os intrusos, de Phillip Ther

Refugiados na Europa desde 1492

Julho 26, 2024

 

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A emigração dos Huguenotes de Jan Antoon Neuhuys

Os exemplos da antiga Jugoslávia na década de 1990, da Irlanda do Norte na década de 1980, da Guerra de Chipre de 1974 e dos conflitos servo-croata, servo-bósnio e polaco-ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial demonstram, todos eles, que a violência com motivacões religiosas não terminou com a modernidade e com a concomitante secularização. A religião - ou, para ser mais rigoroso, o pretexto dos argumentos religiosos - continuou a desempenhar um papel essencial nos conflitos e nas guerras da Europa, hostilidades em que a violência entre grupos populacionais e em que os criminosos individuais ficaram fora de controlo.

Dificilmente se pode afirmar, portanto, que a Europa Ocidental aprendeu a sua lição na Guerra dos Trinta Anos ou com os huguenotes, ou que tem sido um reduto de tolerância religiosa desde o Iluminismo. Os esforços para retratar uma identidade europeia baseada na tolerâcia são bem-intencionados, mas são tão sólidos quanto a afirmação de que a Europa supliantou o nacionalismo radical por causa das duas guerras mundiais do século xx. A violenta dissolução da Jugoslávia, na década de 1990, demonstrou, uma vez mais, a virulência do nacionalismo carregado de religiosidade e a tenacidade dos argumentos (pseudo) religiosos.

excerto de Os intrusos, Refugiados na Europa desde 1492, de Phillip Ther (Edições 70)

 

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