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Leituras Improváveis

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Scroogenomics: Why You Shouldn't Buy Presents for the Holidays, by Joel Waldfogel

Novembro 22, 2024

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Christmas is a time of seasonal cheer, family get-togethers, holiday parties, and … gift giving. Lots and lots—and lots—of gift giving. It’s hard to imagine any Christmas without this time-honored custom. But let’s stop to consider the gifts we receive—the rooster sweater from Grandma or the singing fish from Uncle Mike. How many of us get gifts we like? How many of us give gifts not knowing what recipients want? Did your cousin really look excited about that jumping alarm clock? Lively and informed, Scroogenomics illustrates how our consumer spending generates vast amounts of economic waste - to the shocking tune of eighty-five billion dollars each winter. Economist Joel Waldfogel provides solid explanations to show us why it’s time to stop the madness and think twice before buying gifts for the holidays.

When we buy for ourselves, every dollar we spend produces at least a dollar in satisfaction, because we shop carefully and purchase items that are worth more than they cost. Gift giving is different. We make less-informed choices, max out on credit to buy gifts worth less than the money spent, and leave recipients less than satisfied, creating what Waldfogel calls “deadweight loss.” Waldfogel indicates that this waste isn’t confined to Americans - most major economies share in this orgy of wealth destruction. While recognizing the difficulties of altering current trends, Waldfogel offers viable gift-giving alternatives.

By reprioritizing our gift-giving habits, Scroogenomics* proves that we can still maintain the economy without gouging our wallets, and reclaim the true spirit of the holiday season.

Scroogenomics: Why You Shouldn't Buy Presents for the Holidays, by Joel Waldfogel (Princeton University Press)

 

 

 

 

Para a compreensão da ascensão da extrema direita

Abril 30, 2024

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Quando a expansão económica do pós-guerra terminou e o desemprego aumentou, na década de 1980, a abertura para com os refugiados diminuiu. Tratou-se de uma tendência no contexto mais amplo da política de migrações. Por causa da primeira crise petrolífera, a Europa Ocidental já tinha começado a restringir severamente a migração de mão-de-obra de diversos países das suas vizinhanças mais próximas - a Turquia, o Médio Oriente e o Norte de África. Os EUA, numa manobra paralela, cortaram a migração de mão-de-obra do México, da América Central e das Caraíbas. Não só a mão-de-obra migrante, mas também, com algum atraso, os refugiados passaram a ser encarados como um fardo. Por vezes mais cedo, por vezes mais tarde (dependendo do país), as suas motivações tornaram-se suspeitas. O estado de espírito anti-imigração deu origem a termos como «pseudorrequerentes de asilo», «refugiados económicos» e, mais recentemente, «falso refugiado».

As revoluções liberais de 1989 deram outro ímpeto ao humanitarismo. O ostensivo «triunfo dos direitos humanos» da nova era resultou numa expansão dos direitos dos refugiados. Pela primeira vez, o Ocidente acolheu vítimas de guerra sem examinar o caso de cada indivíduo e foram acrescentados à legislação de asilo novos fundamentos para perseguição, como, por exemplo, a criminalidade dos gangues e a violência com origem em guerras civis. No entanto, este alargamento dos fundamentos reconhecidos como legítimos para a fuga não foi acompanhado por uma disponibilidade correspondente para admitir refugiados de maneira permanente. Vários países europeus, em particular a Alemanha recém-unificada, apertaram as leis de asilo no início da década de 1990. Nos EUA, o número de realojamentos não subiu, de todo, sob a liderança de Bill Clinton (comparado com os números dos seus predecessores) e Barack Obama também não agiu como um salvador das pessoas deslocadas do mundo (um facto que não evitou que Trump expusesse publicamente os democratas como instigadores de fugas). Durante muito tempo, a discrepancia entre o humanitarismo, em abstrato, e a real disponibilidade para admitir refugiados não era evidente, porque o número de refugiados internacionais, à escala mundial, diminuiu de quase quinze milhões, em 1989, para oito milhões e meio (sem contar com as pessoas internamente deslocadas) em 2005. Além disso, quase todos os refugiados de zonas de conflito do Terceiro Mundo ficaram onde estavam; só alguns chegaram à Europa e aos EUA.

Depois, na crise dos refugiados de 2015, os limites do humanitarismo vieram, claramente, à tona. O espírito de prestabilidade que originalmente prevalecia nalguns países europeus deu lugar a um crescente ceticismo, à medida que os estrangeiros recebidos desencadeavam, cada vez mais, o medo e não a compaixão. Isso estava relacionado com um dos motivos imediatos para a fuga; nomeadamente, a disseminação do islamismo radical nas zonas de guerra civil do Médio Oriente. A fuga e o terrorismo eram metidos no mesmo saco, especialmente nas redes sociais. Essa ligação não é inteiramente nova; mesmo em épocas anteriores, houve casos de refugiados que foram suspeitos de ser bolcheviques e de judeus que fugiam do Terceiro Reich e que foram suspeitos de ser agentes alemães. Os estereótipos negativos refletem, também, o medo primitivo face aos estranhos, descrito pelo sociólogo Georg Simmel. Até há pouco tempo, a prosperidade crescente das sociedades ocidentais facilitava a expressão de solidariedade para com os oprimidos. Hoje em dia, por outro lado, o surto de refugiados empobrecidos e de mão-de-obra migrante já desencadeou receios de que a prosperidade nacional possa ter de ser partilhada, pelo menos em certa medida. É bem sabido que a atual ordem mundial assenta numa divisão de poder, riqueza e recursos muito desigual. Quando chegam os mais pobres dos pobres, quer sejam do Médio Oriente ou da América Central, a miséria do mundo é revelada à porta das sociedades ocidentais (caso não tenha já um pé na porta). Essa é, provavelmente, a razão mais profunda por detrás das reações defensivas contra os refugiados e que subjaz às atitudes temerosas e hostis que temos testemunhado ao longo de toda a história da humanidade. Aquilo que é novo é a falta de vergonha com que os nacionalistas de direita têm explorado esses medos, usando-os nas suas campanhas eleitorais.

excerto de Os intrusos, Refugiados na Europa desde 1492, de Phillip Ther (Edições 70)

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